O legado de 2020 para o futuro da segurança eletrônica
Por Selma Migliori, presidente da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança
A pandemia global do coronavírus, sem dúvida, afetou a maneira como a Internet das Coisas (IoT) está se desenvolvendo e impactando nossas vidas. Do ponto de vista tecnológico, a IoT já era uma das tendências mais proeminentes dos últimos anos – mesmo antes da Covid-19.
Em um mundo onde o contato físico deverá manter algumas restrições, os dispositivos inteligentes tiveram um impulso em diferentes setores – na saúde, com a telemedicina, para a segurança no varejo, agronegócio, logística, entre outros.
A prestação de serviços na área de segurança eletrônica também ganha ainda mais força com a IoT. Com uma quantidade significativa de dados, centrais de monitoramento, portaria remota, rastreamento, podem identificar e interpretar padrões e agir com base nesses dados. As ações tomadas pelas equipes passam a ser mais rápidas, eficientes e certeiras. O resultado imediato é a maior satisfação do cliente, com as medidas assertivas e a melhoria da credibilidade das empresas que oferecem o serviço.
Investimento em saúde em IoT dispara
A pandemia, ainda em curso, acelerou a transformação digital na saúde. Da telemedicina ao acompanhamento domiciliar automatizado para idosos e deficientes, os wearables inteligentes, sensores e dispositivos conectados continuarão a mudar a forma como os cuidados de saúde são prestados.
A tecnologia também tem sido usada para minimizar o contato desnecessário em situações onde o risco de contaminação viral é particularmente alto, por exemplo, asilos e nas áreas destinadas ao tratamento de pacientes da Covid-19 nos hospitais.
Um forte crescimento também foi observado no mercado de dispositivos que permitem que os idosos permaneçam independentes em suas próprias casas por mais tempo. Isso inclui ferramentas que utilizam IA para detectar quedas ou mudanças nas rotinas diárias regulares que podem alertar parentes ou profissionais de saúde que uma intervenção seja necessária. Adaptando-se aos desafios apresentados pela Covid-19, essa mesma tecnologia pode ser usada para determinar se há uma rápida deterioração na saúde das pessoas que podem estar isoladas em casa, já que a doença muitas vezes pode colocar as pessoas em um estado onde elas são incapazes de buscar ajuda por conta própria, em questão de horas.
Portas e fechaduras online permitem recursos de monitoramento reforçado para operadores e clientes
Dispositivos IoT totalmente integrados e programáveis remotamente de qualquer lugar, a qualquer momento. Isso cria uma grande vantagem para os gestores que podem relatar o estado de toda uma rede de lojas, ou monitorar o acesso a inúmeras instalações de armazenamento, utilizando a inteligência que a tecnologia fornece a partir dos dados que coleta.
IoT significa um Trabalhe de Casa (WFH) mais produtivo
Trabalhar em casa é o novo normal para muitas empresas ainda, devido às preocupações com a segurança em torno de um grande número de pessoas reunidas em escritórios e centros urbanos. Com assistentes pessoais alimentados por IA como Alexa e Google Home, agora instalados em muitas de nossas casas, podemos esperar mais aplicativos projetados para nos ajudar a gerenciar nosso dia enquanto trabalhamos remotamente. Isso significará ferramentas automatizadas de agendamento e calendário mais inteligentes, bem como melhor qualidade, videoconferência mais interativa e tecnologia de reunião virtual.
Para as empresas que ainda exigem presença física – como é o caso da maioria das operações de manufatura, industriais e logística – IoT significa que os ativos podem ser monitorados remotamente de maneira mais eficaz, dando a tranquilidade de saber que o maquinário automatizado continuará seu trabalho, e os engenheiros ou a equipe de manutenção pode ser alertada quando sua intervenção for necessária.