Atletas precisam de acompanhamento psicológico na vitória e na derrota, alerta psiquiatra
A especialista da Holiste Psiquiatria, Lívia Castelo Branco, explica que saúde mental é essencial para lidar com a pressão por resultados
O ex-atacante Ronaldo Fenômeno se pronunciou sobre a derrota do Brasil na Copa. O ídolo, que fez parte da seleção do tetra e do pentacampeonato, destacou que é importante que atletas da seleção busquem acompanhamento psicológico para lidar com a pressão. A declaração foi feita após o atacante Neymar declarar estar destruído psicologicamente após o resultado contra a Croácia. Para a psiquiatra Livia Castelo Branco, o cuidado com a saúde mental é essencial para atletas de alto rendimento, não apenas nos momentos de crise, mas continuamente para melhorar o rendimento em campo e fora dele.
“Depois de vários atletas enfrentando casos de depressão ou ansiedade, e até mesmo abandonando competições ou errando devido ao estresse, ficou evidente a importância do suporte psicológico. Eu recomendo fortemente que os dirigentes e os atletas considerem incluir profissionais de saúde mental nas equipes, não só para lidar com a pressão por resultados e com a dor das derrotas, mas também para ajudar o atleta a se posicionar em momentos de crise, ter suporte para lidar com a fama, identificar e trabalhar os pontos fracos”, destaca.
Para a Copa no Catar, o técnico Tite optou por não incluir um psicólogo na delegação. A última vez que o Brasil teve um profissional especializado no cuidado com a saúde mental foi no Mundial de 2014, em que uma psicóloga integrou a comissão do técnico Felipão. A psiquiatra lamenta que ainda exista muito preconceito e resistência em relação ao cuidado com saúde mental no esporte, mas acredita que cada vez mais atletas se posicionam sobre o tema, como a ginasta norte-americana, Simone Biles, entre outros.
“O psicólogo pode realizar atividades em grupo para motivar o time e manejar conflitos entre os atletas. Nos atendimentos individuais é possível abordar inseguranças pessoais, preparar para momentos de grande tensão
nos campeonatos, e auxiliar os atletas a lidar com as emoções. Além disso, com estes atendimentos o profissional identifica questões pessoais que podem estar interferindo no rendimento do atleta e o encaminha para um acompanhamento psicológico individual”, informa a especialista sobre o trabalho de saúde mental para o esporte.
No entanto, após a derrota da seleção e frente aos depoimentos dos próprios jogadores sobre a dor e o sentimento de frustração com o resultado, Livia Castelo Branco coloca que o trabalho do profissional de saúde mental é de acolher o sofrimento e construir saídas saudáveis para ele, não necessariamente anulando a dor. “Para cada indivíduo existe uma estratégia e ela vai sendo construída a cada atendimento”, finaliza.
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Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, criada há 20 anos pelo médico psiquiatra, Dr. Luiz Fernando Pedroso, sediada em Salvador, Bahia, com atendimento nacional. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), dispondo sempre de estrutura e tecnologia de ponta.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.