Saúde mental se destaca como símbolo das Olimpíadas de Tóquio
De acordo com psiquiatra, além do preparo físico, as questões psicológicas afetam diretamente o rendimento dos atletas e podem diminuir risco de lesões
Os Jogos Olímpicos de Tóquio começam oficialmente nesta sexta-feira (23), mas já provaram que o tema desta edição será a importância da saúde mental para os atletas. Os australianos Ryan Broekhoff e Liz Cambage, representantes do basquete masculino e feminino, abriram mão da competição em nome da saúde mental. Por outro lado, o atual campeão olímpico de arremesso de peso, o americano Ryan Crouser, revelou que investiu muito no trabalho de preparação psicológica para conseguir repetir o ouro olímpico. Segundo o atleta, a ansiedade afetava negativamente o seu desempenho nas competições.
De acordo com a Dra Livia Castelo Branco, psiquiatra, Coordenadora do Núcleo de Sexualidade da Holiste Psiquiatria, as questões psicológicas afetam diretamente o rendimento dos atletas profissionais e, inclusive, podem diminuir o risco de lesões. “O acompanhamento psicológico é essencial nos momentos de conflitos, grandes decisões ou estresse, pois facilita o controle de sintomas como ansiedade, medo, tristeza e raiva. Lidando melhor com os próprios sintomas, é possível melhorar a concentração, relacionamento com a equipe, redução do risco de lesões e de comportamentos que possam prejudicar o time”, explica.
Atletas que ‘travam’ sob pressão
A psiquiatra lembra que existem casos emblemáticos de atletas que travam na hora de uma competição. Esse comportamento de paralisação pode estar associado à ansiedade em momentos tensos da competição. Os esportistas sonham em poder participar de uma olimpíada, mas todo o processo de preparação e a disputa em si são situações que exigem muito da mente e não só do corpo. Por isso, o acompanhamento psicológico já é realidade nas delegações.
“A cobrança excessiva por resultados, regras exageradas para a rotina, episódios de violência psicológica, restrição de momentos de lazer e descanso, associados à falta de suporte emocional no ambiente de competição, aumentam o estresse do indivíduo, que se tiver vulnerabilidade a transtornos mentais e pouca resiliência, pode desenvolver sintomas ansiosos, depressivos e, em casos mais graves, problemas com álcool ou drogas”, detalha.
Falando sobre Saúde Mental
No começo do ano, a segunda melhor tenista do mundo, Naomi Osaka, abriu o jogo sobre saúde mental. A atleta revelou sofrer de crises de depressão desde o título do Aberto dos EUA de 2018 e afirmou que ficaria longe das quadras por tempo indeterminado. Felizmente, o acompanhamento médico se mostrou efetivo e Osaka vai representar o Japão nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Para Livia Castelo Branco, o posicionamento de estrelas como Naomi Osaka são importantes porque reforçam que o sofrimento psíquico tem tratamento. “O relato de pessoas famosas de diversos setores na sociedade, mostrando que o sofrimento psíquico em muitos momentos é desnecessário e tem tratamento, contribui com a desmistificação da saúde mental e encoraja as pessoas a compartilhar suas lutas, ajudar-se mutuamente e procurar auxílio profissional”, aponta.
Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento. Para saber mais sobre o tema, acesse: https://holiste.com.br/
Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, que atua há 20 anos no mercado baiano. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), ambas unidades localizadas no bairro da Pituba.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site https://holiste.com.br/